Dados do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde apontam que cerca de metade das crianças brasileiras não recebeu todas as vacinas previstas no Calendário Nacional de Imunização em 2020. Segundo os índices, a cobertura vacinal está em 51,6% para as imunizações infantis. O ideal é que ela fique entre 90% e 95% para garantir proteção contra diversas doenças, como sarampo, coqueluche, meningite e poliomielite.
O baixo índice de imunização já tem consequências: dados do Ministério da Saúde mostram que, até o início de agosto, o país tinha 7,7 mil casos confirmados de sarampo. No ano passado, o Brasil perdeu o certificado de erradicação da doença. Segundo Isabella Ballalai, pediatra e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), o motivo da baixa cobertura é a pandemia de Covid-19, que levou as pessoas a ficarem em casa e não saírem para vacinar os filhos.
A infectologista Raquel Stucchi, da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), avalia que a chance de o país alcançar a cobertura ideal de vacinação ainda neste ano é quase improvável. No ano passado, o país não atingiu a meta da cobertura vacinal infantil. O último ano em que a cobertura infantil alcançou os 90% foi 2015.
Outros fatores
Raquel Stucchi avalia que outra questão pode ser a de que pediatras mais novos, ao contrário dos mais antigos, enfatizam pouco a necessidade de manter as vacinas em dia. “Era uma coisa muito enfatizada pelos pediatras mais antigos. Outro fator é que, na maior parte das famílias, os adultos responsáveis pelas crianças trabalham, e os horários das vacinas são em horário comercial. Isso limita muito o acesso”, diz Stucchi.
A infectologista também aponta o movimento antivacina como um fator que contribui para a queda da cobertura vacinal, mas, na avaliação de Isabella Ballalai, da SBIm, esse movimento não tem tanta força no Brasil. Os motivos que levam as pessoas a atrasarem o calendário de vacinação, segundo a pediatra, são o que chama de “três Cs”: a confiança, a complacência e a conveniência. Se as pessoas não confiam nos profissionais de saúde, por exemplo, a probabilidade de que elas se vacinem é menor.
No Brasil, todas as pesquisas realizadas mostram que pelo menos 90% dos brasileiros confiam em vacina. Cerca de 10% às vezes ficam na dúvida. E cerca de 4%, 5% realmente não querem se vacinar. Para a pediatra, os dois fatores principais no Brasil são os “Cs” da “complacência” e “conveniência”: a complacência ocorre pela falta de percepção de risco – quando as pessoas não percebem o risco de não se vacinar por não terem visto um caso daquela determinada doença há muito tempo, por exemplo. Também podem demorar em fazê-lo; e, se no dia em que forem a um posto de saúde a vacina não estiver disponível, elas tendem a não voltar (a conveniência).
A Unimed Rio Preto possui a Central de Vacinas, localizada no Espaço Unimed #CuidarDeVc, no 1º andar do Plaza Avenida Shopping, aberta ao público, com métodos tecnológicos e horário de atendimento ampliado (segunda a sexta, das 8 às 19 horas; sábado, das 8 às 14 horas), para oferecer ainda mais conveniência às famílias e auxiliar na vacinação infantil, tornando o momento mais tranquilo para a sua criança. Não se esqueça: mantenha a carteira de vacinação atualizada e seu filho protegido.
Fonte: Ministério da Saúde